Todos os agentes de segurança pública estão
sujeitos, como qualquer cidadão, a processos investigativos. O órgão
responsável por estas ações é a Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Em
balanço divulgado ontem, a CGD informou já ter investigado 1.674 agentes de
janeiro de 2014 a julho de 2015.
Em todo o ano passado, foram 1.290 policiais
civis, militares, bombeiros militares, agentes penitenciários e peritos
forenses suspeitos de transgressões.
Neste ano, foram somados 384 agentes sob
suspeitas de desvio de conduta e investigados pela Delegacia de Assuntos
Internos (DAI) no primeiro semestre.
De acordo com a controladora-geral Maria do
Perpétuo Socorro França Pinto, apenas um policial foi expulso da corporação
militar neste ano. "É questão nossa de observar todos os direitos
fundamentais, valorizar o ser humano, mas sem deixar de cumprir o que a Lei
determina", disse ontem, à reportagem.
Perseguição
Os números divulgados são alarmantes,
conforme os policiais relatam. Para o presidente da Associação de Praças da
Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Pedro Queiroz, houve
perseguição aos agentes de segurança do Estado do Ceará, pelo menos, até ano
passado.
"A gente percebeu que houve até dezembro
do ano passado uma concepção equivocada da controladoria, no sentido de
perseguir os PMs, em especial. Tenho certeza, sem dúvidas de assegurar, que
essa redução já percebida no primeiro semestre atribui-se a uma mudança de
postura do órgão investigativo".
O vice-presidente da Associação dos Cabos e
Soldados Militares do Ceará, cabo Marinilson Pereira, concordou. "Não se
podia abrir a boca que respondia".
Fonte: DN
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